Mundotaku #4: Hoje é dia de DICA!

Na maior parte do tempo, estarei tratando sobre animes aqui no blog. Porém, não poderia deixar de fora os mangás! Não se pode esquecer que, a partir deles, adaptações são feitas para que possamos desfrutar de nossos tão amados animes.

Confesso que mangá não é o meu forte. Desde criança sempre assisti a animes, e fui ter contato com o primeiro mangá lá pelos meus 15 anos. Não tenho tanto contato quanto tenho com anime, MAS sempre que posso dou uma acompanhada.

Pois bem: Um dos primeiros mangás que tive contato e o prazer em ler, foi Sanctuary, mangá policial escrito por Sho Fumimura, conhecido por ser o roteirista de Hokuto no Ken, e ilustrado por Ryoichi Ikegami, o mesmo de Crying Freeman. 

Os personagens centrais da trama são Akira Hojo e Chiaki Asami, dois amigos que sobreviveram juntos à guerra no Camboja. Devido a este fato, os personagens desenvolveram um grande instinto de sobrevivência e, ao retornarem ao Japão, ficam decepcionados com a forma fútil e cômoda como as pessoas levavam a vida no país e a política do mesmo. Em consequência disso, eles decidem mudar as coisas. Os dois fazem um pacto: dominar o Japão e tornar o país em seu santuário particular. Para isso eles seguem caminhos diferentes: Hojo se une à Yakuza e Asami, à política. 

Com o tempo, Hojo assume a liderança na máfia japonesa, e Asami torna-se um jovem e popular político, o que é considerado um problema à atual política adotada pelo país na trama, formada por homens com idade acima de 60 anos, ambiciosos e retrógrados.

Sinceramente, acho que a história é fora de série e foge do clichê "Fulano, estudante de 14 anos, que certo dia enxerga o passarinho verde e sua vida muda completamente". Sem ofensas, eu também gosto de histórias assim, porém, tem vezes que devemos procurar por algo novo. Além de fugir desse clichê, em vários pontos da trama percebe-se críticas em relação à forma como as pessoas levam a vida no país, tornando-se uma forma de refletir sobre o assunto.

O mangá tornou-se um best-seller no Japão e nos Estados Unidos, com direito à Live Action e Ova! No Japão o mangá possui 12 volumes, e no Brasil foi produzido apenas até o volume 6, pela Editora Conrad. Os anti-heróis Hojo e Asami possuem muita força em suas convicções, o que os torna, pelo menos a meu ver, pesonagens cativantes. Definitivamente, é um mangá que a Editora Conrad deveria ter continuado. Que cagada!

Particularmente, fico chateada quando ouço algum fã de mangá dizer que não conhece Sanctuary, ou que só ouviu falar, devido ao cancelamento do mesmo pela Conrad. É uma obra que realmente vale à pena ser lida, por isso eu recomendo a vocês que gostam de algo que fuja um pouco do que estamos acostumados nesse meio.

"Mas aonde eu encontro o Mangá?" Bom, em português é impossível de encontrar. Porém passei um bom tempo pesquisando e encontrei esse site aqui, contendo 9 volumes em inglês, para ler online. Espero que gostem!